Abate sobre mim
O peso angustiante
De esperança perdida
Da crença desmentida
Desmorona-se o mundo de sonhos
Alicerçado em ideais juvenis
Que o correr da vida
Transformou em utopia
Nego-me a engolir
O nó da desilusão
Que me estrangula
Me sufoca...
Nego a entregar-me
A esse pranto vencido
Que me invade o peito
Me deixa muda
Estupefacta
Impotente!
Reservo-me o direito de acreditar
Que se sonho existe
Se sonho existe
É o pesadelo em que me encontro!
O sonho é muitas vezes o lugar geométrico da nossa consciência ontológica, onde tudo se idealiza e se projecta, quantas vezes sem correspondência com a realidade. É o que se passa com todos, e a poetiza o diz com grande expressão poética.
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